Por que Reclamar Não Vai Resolver Seus Problemas Financeiros – e o Que Vai.
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7/21/20253 min ler
Em um país onde o custo de vida cresce constantemente e o poder de compra da população diminui a cada ano, é compreensível que a frustração financeira seja um tema recorrente nas conversas do dia a dia. É comum ouvirmos frases como “o dinheiro nunca dá”, “o salário mal chegou e já acabou” ou “tudo está caro demais”. No entanto, por mais legítimas que essas queixas possam parecer, elas têm pouco ou nenhum efeito prático na solução dos problemas. Reclamar virou um hábito — e, em muitos casos, uma armadilha mental.
O que poucos percebem é que essa postura pode estar diretamente relacionada à dificuldade em construir uma vida financeira mais saudável. Reclamar constantemente, além de não oferecer respostas, pode reforçar uma mentalidade de escassez, paralisando ações efetivas e obscurecendo o caminho para a mudança.
Reclamar como padrão de pensamento
A ciência do comportamento já mostrou que o cérebro humano tende a focar mais nos problemas do que nas soluções. Isso é parte de um mecanismo de autoproteção, herdado evolutivamente, mas que, na prática, pode gerar um estado de alerta constante, ansiedade e estagnação.
Quando se trata de finanças pessoais, esse padrão mental torna-se ainda mais nocivo. Ele faz com que o indivíduo se veja como vítima das circunstâncias — e não como agente da própria transformação. A consequência? Menos ação, menos planejamento, menos clareza sobre prioridades.
Educação financeira começa com mentalidade
Muitos acreditam que educação financeira começa aprendendo sobre investimentos, contas e números. Mas, na verdade, ela começa com uma mudança interna: a forma como lidamos emocionalmente com o dinheiro.
Três atitudes são comuns entre pessoas que conseguem evoluir financeiramente, independentemente da renda:
Reconhecem a realidade sem vitimização.
Assumem responsabilidade pelas próprias decisões.
Desenvolvem uma postura de gratidão diante do que já têm.
Esse último ponto, embora muitas vezes subestimado, é fundamental. A gratidão altera a perspectiva sobre consumo, desejo, necessidade e valor. Quem aprende a ser grato tende a consumir com mais consciência, planejar com mais consistência e tomar decisões mais alinhadas com seus objetivos de longo prazo.
Um exercício simples para mudar a relação com o dinheiro
Diante disso, vale considerar um exercício aparentemente simples, mas altamente desafiador: passar 24 horas sem reclamar. A proposta pode soar trivial, mas ao longo de um dia inteiro, a maioria das pessoas percebe o quanto está condicionada a verbalizar insatisfações.
A proposta desse exercício é mais do que silenciar queixas — é treinar o foco na solução, na aceitação e na ação. É uma forma prática de reeducar o cérebro para buscar caminhos, e não culpados.
Um convite à transformação: Um Dia Sem Reclamar
Para quem deseja aprofundar esse processo e iniciar uma mudança real — começando pelo pensamento e refletindo nas finanças — o livro Um Dia Sem Reclamar, de Davi Lago e Marcelo Galuppo, oferece uma proposta direta e eficaz.
Com linguagem acessível e fundamentação sólida, os autores conduzem o leitor a um desafio: passar um dia completo sem reclamar, registrando o horário de início, reconhecendo os momentos de recaída e reiniciando o exercício sempre que necessário. Ao longo do livro, são apresentados não apenas os fundamentos desse desafio, mas também reflexões sobre a força transformadora da gratidão, com exercícios práticos para incorporar essa nova mentalidade no cotidiano.
Mais do que uma leitura, trata-se de uma vivência.
Adquirir esse livro pode ser o primeiro passo de uma reeducação emocional e comportamental que refletirá diretamente na sua relação com o dinheiro, com o tempo e com a vida.